OESTE

LOURINHÃ

Mar de gente, terra de vento, o Oeste é raia costeira feita de escarpas e pescadores, território serrano e herança religiosa. 

Área: 147,2 km²2

População: 26 246 hab. (2021)

Densidade Populacional: 178,3 hab./km²2

Freguesias: 8

Terra de costumes, a Região do Oeste ostenta riqueza arquitetónica, histórica, gastronómica. Matriz da lavoura, este território localizado entre o mar e as serras de Montejunto e de Aire e Candeeiros, confere o seu reinado às imensas variedades de maçãs colhidas nos pomares, à cultura da vinha e do vinho, e ao incomensurável legado de licores e doces conventuais. Por aqui há terras abundantes de pêra Rocha, guardiões do trigo barbela, espécies de tomate que completam todas as cores. 

Aproveitemos a onda – metáfora à parte no que ao fenómeno provocado pelo canhão da vizinha Nazaré diz respeito – para dar palco ao roteiro gastronómico, que começa pela costa recortada, com as heranças piscatória em Peniche que tem no peixe e no marisco a tão procurada diversidade e é base elementar da caldeirada típica de pescadores-cozinheiros. A caldeirada e as demais receitas com peixe “rimam” com batata, o que nos leva a Sobral, na Lourinhã, onde nos podemos abastecer de aguardente D.O. Lourinhã, nesta que é a única região demarcada exclusiva de aguardente vínica no país. 

programação de 26 de agosto

local:

26/08 - ALMOÇO com Aitor Arregui (Elkano, espanha) e joel martins (tasco do joel, peniche)

horário: informação em breve

Menu de peixe e marisco
250€
(inclui bebidas)

forte de paimogo

O Forte de Paimogo (ou Nossa Senhora dos Anjos de Paimogo), classificado como Imóvel de Interesse Público em 1957, está situado sobre as arribas da Praia de Paimogo. Foi construído em 1674 por ordem de D. António Luís de Menezes, Conde de Cantanhede, também conhecido por Marquês de Marialva e herói das guerras da Restauração. Tinha por missão específica a defesa da praia do mesmo nome, de modo a impedir o eventual desembarque de tropas inimigas naquele local de fácil acesso.
Trata-se de um pequeno forte abaluartado, de arquitetura militar barroca, de planta quadrangular que possui guaritas cilíndricas de cobertura cónicas.
Este forte estava integrado na segunda linha defensiva fortificada, que começava na Praça-Forte da vila de Peniche e se estendia até à Barra do Tejo. É um exemplar quase único de fortificação posterior à Restauração sem alterações arquitetónicas. Com o fim da Guerra Civil, acabou a missão do Forte de Nossa Senhora dos Anjos de Paimogo como fortificação marítima.

chef convidado: AITOR ARREGuI (ELKANO)

Aitor Arregui nasceu em Getaria e cresceu com a avó Joxepa na cozinha do bar da família, com a mãe Mari José na sala de jantar e ao lado do pai Pedro, na grelha do restaurante Elkano. São estes três os grandes pilares da sua vida, uma filosofia e um “saber fazer” que hoje o colocam entre os melhores restaurantes do mundo. 

Aitor foi jogador de futebol profissional durante 10 anos antes de, em 2002 voltar definitivamente para o Elkano, e dar continuidade ao legado familiar que havia sido consolidado desde 1964.  Em 2014, no ano da morte de seu pai, o Elkano recebeu a sua primeira Estrela MICHELIN.
A visão de Aitor, que prolonga o espírito do pai no Elkano, torna a experiência no Elkano uma ode aos produtos e paisagem do Golfo de Biscaia. As técnicas usadas na grelha, a seleção da espécies, a sazonalidade e a forma como apresenta cada um dos produtos, torna o Elkano num dos restaurantes únicos no mundo. 
O Elkano entrou na lista dos Melhores Restaurantes do Mundo em 2018, em 77ª lugar, e um ano depois subiu para a o ranking The World’s 50 Best, na 30ª posição. 
Em 2021, o Elkano recebeu a mais alta distinção do prestigioso Guia de Restaurantes Espanhol Repsol, recebendo os 3 Soles, e no mesmo ano deu mais um grande salto na lista dos 50 Melhores do Mundo, ao subir para o 16º lugar, que repetiu em 2022. Este ano, 2023, o Elkano está mais uma vez entre os 50 melhores restaurantes do mundo na posição 22 do The World's 50 Best.

convidado: JAEL (ou joel) MARTINS (TASCA DO JOEL)

A história do restaurante Tasca do Joel começou em 1982, quando era uma pequena casa onde se encontravam os pescadores regressados da faina. Servia apenas pão e vinho, e disponibilizava um forno onde os pescadores confecionavam o peixe por eles pescado. O espaço era ocasionalmente lugar de festas para amigos.

Em Maio de 1995, Jael, filho do proprietário, iniciou uma segunda fase do restaurante que viria a ser chamado Tasca do Joel. Nesta fase, ainda com poucas mesas, servia apenas três pratos: frango, entrecosto e bacalhau, todos eles cozinhados no forno.
A qualidade dos pratos tornou a tasca um assunto de conversa entre o povo local. Em 1998 o restaurante cresceu, ganhou novas salas e uma esplanada. E em 2000, Joel criou uma sala para grupos, com capacidade para 70 pessoas. 
Pode parecer uma gralha, mas a discrepância nos nomes tem uma história. Nascido na Alemanha, Jael foi registado como Helmut. Quando os pais regressaram a Portugal, tiveram de lhe atribuir um nome português. No registo civil, a mãe viu “Jael” e assumiu que seria um erro, e que o correto acabaria por ser Joel. Assim, Helmut ficou Jael, apesar de todos o conhecerem como Joel.
A Tasca do Joel é um dos restaurantes mais emblemáticos do Oeste, e paragem obrigatória em Peniche, onde a qualidade do peixe e do marisco se tornaram o principal chamariz. No início deste ano, Tiago Barroca tornou-se o responsável pela cozinha, melhorando a apresentação dos pratos, a confeção do pão e a técnica das sobremesas. 

programação de 27 de aGOSTO

local:

PRAIA DE PORTO DINHEIRO

27/08 - ALMOÇO com chefs CONVIDADOS E MERCADO DE PRODUTORES

horário: informação em breve

RICARDO RAIMUNDO, GIL FERNANDES (FORTALEZA DO GUINCHO), JOÃO SIMÕES (CASTA 85)

Menu de STREET FOOD
60€
(inclui bebidas)

Com o seu promontório rochoso e um extenso areal que o protege das ondas, Porto Dinheiro é um porto natural para pequenas embarcações de pesca artesanal. Aqui, esta atividade tradicional está em declínio, mas permanece viva nas memórias e nas tradições locais. Anualmente, em Agosto, realiza-se a Festa do Mar, onde uma procissão leva a imagem de Nossa Senhora de Monserrate, desde a Igreja de Ribamar até à praia e daí de barco até Peniche, ao encontro da Imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem. 
Nas rochas vemos pequenos grãos com tons rosados, semelhantes aos que existem nos granitos das Berlengas. A presença destes grãos indica que há 150 milhões de anos, os rios corriam deste arquipélago para Este. Também aqui foram escavados vários fósseis. Um dinossauro saurópode, denominado Dinheirosaurus lourinhanensis, foi uma das descobertas mais emblemáticas e o seu nome homenageia o local onde foi encontrado.

CONVIDADOS

GIL FERNANDES (FORTALEZA DO GUINCHO)

Natural da vila piscatória de Ribamar, na Lourinhã, Gil Fernandes começou a sua carreira gastronómica no Tivoli Lisboa, ao comando de Luís Baena. Daí rumou ao Algarve, para uma das maiores aprendizagens da sua carreira, no restaurante Vial Joya; antes de fazer as malas e partir para Espanha, onde ficou um ano e meio no MB, restaurante de duas estrelas Michelin de Martin Berasategui. 
A ascensão pelo mundo das estrelas continuou, com uma temporada passada na Holanda, no The Librije, com três estrelas. Os seus conhecimentos consolidaram-se no Ocean, restaurante de duas estrelas no Algarve, onde trabalhou durante três anos, com pequenas pausas para estágios, nomeadamente no Geranium, o três estrelas de Copenhaga, considerado o Melhor Restaurante do Mundo de 2022, pelo The World’s 50 Best.
Em 2018, estreou-se como subchefe na Fortaleza do Guincho, onde é, atualmente, chef, mantendo a estrela Michelin do famoso restaurante de Cascais. 
Nascido em 1985, João Simões começou a cozinhar quando era apenas uma criança. Natural de Alenquer, o chefe frequentou a Escola de Hotelaria de Lisboa aos 16 anos. Fez parte das Seleção Nacional de Cozinha, sagrando-se campeão mundial de cozinha no campeonato mundial de Júnior Chef, que se realizou na Nova Zelândia, em 2006. Desde aí, passou por espaços conceituados como a Bica do Sapato de Fausto Airoldi; pelo Ritz, de Pascal Meynard; pelo Altis Belém; o 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic, entre outros.
Após estas experiências e ainda ter tido a oportunidade de conhecer várias cozinhas do mundo, João Simões decidiu regressar à sua terra e construir o seu grande projeto de vida, o CASTA 85, cujo objetivo passa por marcar a diferença e “colocar Alenquer no mapa da gastronomia”, por suas palavras.

joão SIMÕES (CASTA 85)

Natural de Caldas da Rainha, o Ricardo Raimundo é um embaixador dos produtos locais e regionais. Iniciou a vida académica na Escola de Hotelaria de Fátima e formou-se na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.
As viagens são uma importante influência onde passou profissionalmente por Suíça, Brasil, Espanha, Inglaterra, Noruega, e recentemente uma experiência na cozinha do Gaggan Annad, em Banguecoque, considerado o Melhor Restaurante da Ásia e o 5º Melhor do Mundo, segundo o The World’s 50 Best. 
Conquistou o segundo lugar no concurso Chef Cozinheiro do Ano, em 2015, e ganhou ainda o prémio Helmut Ziebell com a sua icónica sobremesa A Maçã de Alcobaça, uma receita com várias texturas de maçã inspirada na receita de maçã assada da sua avó.
Atualmente é formador na Escola Superior de Tecnologia do Mar de Peniche e um filho do Oeste, Ricardo Raimundo é um promotor incansável da gastronomia desta região de Portugal e das diferentes variedades de Maçã. Desenvolve atualmente um projeto de especialização “A Maçã do Pomar ao Prato” onde estão a ser estudadas as diferentes variedades e possíveis utilizações gastronómicas da Maçã de Alcobaça.

RICARDO RAIMUNDO

faça a sua reserva

Datas: 26 e 27 de AGOSTO

PARCEIROS LOCAIS: