BEIRA ALTA

MANTEIGAS

Terra de lanifício e lacticínios. 
Escarpas graníticas contrastam com prados
de pastoreio e mantos de neve.

Área: 121,98Km2

População: 3430

Densidade Populacional: 28,1

Freguesias: 4

Antiga província portuguesa constituída em 1832, a Beira Alta pertence atualmente às Beiras, entre a zona Norte e Centro do País, delimitada a boreal por Trás-os-Montes e Alto Douro, a oeste pela Beira Litoral, a sul pela Beira Baixa e a este por Espanha. Confina mais de 30 concelhos, grande parte deles dos distritos de Viseu e Guarda. É precisamente entre estas duas cidades que os caminhos da quarta edição da Residência se vão desenhar. 
Conhecida como o Coração da Serra da Estrela, Manteigas é uma vila charmosa situada na língua de uma das majestosas obras naturais desta zona: o Vale Glaciar do Zêzere, com uma extensão de 13 quilómetros.  Situada nas encostas daquele que é o ponto mais alto de Portugal Continental, a Serra da Estrela, Manteigas é o núcleo de um território rico em paisagens montanheiras, praias fluviais, mas também em lanifício e lacticínios. Povoada por pastores desde o século XII, a cordilheira mantém a tradição artesanal da tecelagem e a produção de queijo até hoje. 
Se no domingo, em Manteigas, iremos explorar a indústria da lã e a produção de feijoca, no primeiro dia, sábado, começamos a viagem mais a austral, em Oliveira do Hospital, para assistirmos ao processo mágico do requeijão e queijo de ovelha e conhecer a atividade de agricultura regenerativa da Quinta da Coitena.

programação de 22 de abril

local:

Quinta da Coitena

22/04 - ALMOÇO - 13h
Rancho à Moda de Viseu 80€
(inclui bebidas)

A Quinta da Coitena é uma quinta secular integrada no Geopark Estrela, património da UNESCO.A sua vertente agrícola e pecuária, em modo de produção biológica, surgiu após os incêndios de outubro de 2017, com o intuito de desenvolver um projeto familiar, resiliente e inovador, capaz de contornar as adversidades da interioridade e das mudanças climáticas, tendo por base uma filosofia de sustentabilidade, preservação de um ecossistema único e bem-estar animal. É a partir de um maneio regenerativo e holístico, com a integração de diversas espécies vegetais, tais como hortícolas, olival e floresta; e animais, peru, caprinos e bovinos que surge umas das mais notáveis produções avícolas em Portugal. Os perus Quinta da Coitena nascem em Portugal e chegam à quinta com menos de 24h de vida. Após as primeiras 6 semanas de adaptação vivem permanentemente ao ar livre, tendo acesso constante a pastagens naturais. O cuidado atento dos tratadores, juntamente com um constante movimento dos animais por toda a quinta, são pontos fundamentais para uma produção sem qualquer tipo de antibióticos ou medicamentos e com um impacto positivo no ecossistema.

Chef CONVIDADO: DIOGO ROCHA

Diogo Rocha começou a trabalhar na área da cozinha profissional cedo. Estudou no Curso de Cozinha e Pastelaria de Coimbra, licenciou-se em Produção Alimentar e Restauração e tornou-se mestre em Sustentabilidade de Turismo na ESHT do Estoril, tendo-se especializado em produtos da Serra da Estrela. Passou por projetos como Encontrus, restaurante Terreiro do Paço, Villa Joya e Valle Flor, e em 2008 entrou para o Dão Sul, onde assume a chefia executiva de todo o grupo com três espaços de restauração: Quinta de Cabriz, Quinta do Encontro e Paço dos Cunhas de Santar. Desde 2009, faz parte do corpo docente da Escola Superior de Turismo de Seia, onde leciona a cadeira de Gastronomia e Enologia. Em julho de 2013, entra no universo do grupo de Celso de Lemos, vindo a abrir o Mesa de Lemos como Chef executivo em abril do ano seguinte. A natureza e a preservação do estado mais puro dos produtos são as premissas que garantem a alta qualidade dos produtos, na linha daquilo em que o chef acredita. Muitos dos ingredientes utilizados no restaurante Mesa de Lemos são produzidos na propriedade e todo o conceito apela à seleção de produtos de elevada qualidade. A partir de 2017, é nomeado embaixador oficial de Viseu, continuando envolvido em diversos projetos na região do Dão e a nível nacional. Em 2019, ganha a primeira Estrela Michelin para o restaurante Mesa de Lemos, na Quinta de Lemos, à qual, em 2022, se junta a conquista da Estrela Verde Michelin. 

programação de 23 de abril

local:

ECOLÃ

23/04 - ALMOÇO - 13h
menu de 6 pratos 125€
(inclui bebidas)

A Ecolã é uma marca icónica, reconhecida pela qualidade dos seus tecidos desde a sua fundação, em 1925. Uma tradição de família que atravessa três gerações e que se dedica à transmissão de um ofício ancestral, cujo fator humano é essencial na preservação cultural.  Há 20 mil anos, durante o período Quaternário, a Glaciação na Serra da Estrela causou a acumulação de neves perpétuas acima dos 1650 metros. Os longos invernos e quedas de neve desenvolveram um ecossistema próprio na serra, desfavorável à agricultura, e os pastores usavam a lã como matéria-prima para se defenderem contra as duras condições meteorológicas da montanha.
Atualmente, a Ovelha Bordaleira Serra da Estrela é a raça que dá origem à lã trabalhada na Ecolã. A lã é a fibra têxtil de origem animal com maior resistência, e tem uma elasticidade natural e conforto sendo desde sempre utilizada como isolante térmico.  O processo de fabrico passa pela Tosquia, Seleção, Fiação e Tecelagem. Na primavera são extraídos seis quilos de cada ovelha, dos quais apenas três são lá fina, do lombo, usada em têxteis. Depois da fiação, que transforma a lã em fio numa roca manual ou elétrica, dá-se início ao fabrico dos tecidos.  
O Burel é o tecido 100% lã de ovelha de origem medieval, desde sempre associado à Serra da Estrela, à montanha, aos pastores e às suas capas. A autenticidade do Burel resulta de características ancestrais no seu fabrico que o transforma num tecido mais apertado, resistente e impermeável.

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Datas: 22 e 23 de ABRIL

PARCEIROS LOCAIS: