RIBATEJO

SANTARÉM

Considerado o coração fértil do país, o Ribatejo é um ponto de encontro entre o Norte e Sul, com a Lezíria como charneira. Um território rico em peixe de rio, tradições folclóricas e trajes típicos; campinos, cavalos a trote e touro bravo.

Área: 552.54 km²

População: 58.671 hab

Densidade populacional: 106.2  hab./km²

freguesias: 18

Ribatejo: uma província histórica, criada em 1936, dividida por três regiões naturais: Bairro, Lezíria e Charneca. O Bairro, a norte do Tejo, dedicado às culturas de cereal; a Lezíria, os campos férteis na margem do rio; e a Charneca, a extensão natural até ao Alto Alentejo, com paisagens de campos de arroz, vinha e montado.
Uma das mais bem localizadas regiões do país, centro nevrálgico de contacto entre o norte e o sul, o Ribatejo está aninhado entre as Beiras, a Estremadura e o Alentejo. A sua paisagem é a perder de vista, com planícies que alcançam o horizonte, ocasionalmente interrompidas pela Serra de Aire e Candeeiros e a Serra de Montejunto. 
 
O Ribatejo carrega tradições históricas equinas e tauromáquicas, ainda presentes nas práticas e celebrações rurais, amiúde protagonizadas pelos campinos, uma importante figura da cultura ribatejana, hábeis na criação do gado e especialistas em domar o touro bravo. Os seus trajes tornaram-se símbolos da identidade ribatejana, dos coletes vermelhos aos barretes verdes.

PROGRAMAÇÃO 8 de julho

08/07 - JANTAR
MENU DE 6 PRATOS

150€

(inclui bebidas)

Refeitório do Seminário da Sé Catedral de Santarém

local:

Anteriormente conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Colégio dos Jesuítas ou como Igreja do Seminário, a atual Sé Catedral de Santarém é um templo do século XVII. Em 1647, o rei D. João IV doou as ruínas à Companhia de Jesus para que esta ali criasse um colégio com uma igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Já em 1780, após a expulsão dos jesuítas de Portugal, a rainha D. Maria I doou os edifícios ao Patriarcado de Lisboa para a instalação do seu Seminário. Em 1975, a igreja foi elevada a Sé Catedral.
O edifício, financiado por D. Duarte da Costa, jesuíta e armeiro-mor, foi construído pelo arquiteto Mateus do Couto, o mestre de obras preferido pelas ordens militares. O seu trabalho reflete-se na fachada maneirista, cenográfica e imponente. No interior, o barroco impõe-se na aplicação dos mármores ornamentais, na conjunção perfeita da talha dourada em quatro dos oito altares laterais e nas pinturas dos tetos da nave e da capela-mor, este último com a aplicação perfeita do tratado de Andrea del Pozzo. 

PROGRAMAÇÃO 9 de julho

local:

09/07 - ALMOÇO típico

100€

(INCLUI BEBIDAS)

COM RODRIGO CASTELO

(Ó BALCÃO)

ALDEIA AVIEIRA DE CANEIRAS

A dez quilómetros a sul de Santarém, ancorada junto ao Tejo, está a Aldeia Avieira de Caneiras, uma vila ribeirinha na qual ainda é possível encontrar alguma herança da cultura avieira, um dos mais importantes patrimónios ribatejanos. Fruto de migrações na primeira metade do século XIX, estas populações foram-se instalando junto ao rio, e construindo os casarios palafíticos, assentes em estacas que os protegiam da subida das águas. Em Caneiras, existem ainda duas ruas paralelas ao rio onde é possível relembrar como eram estas edificações. Grande parte desapareceu após as cheias de 1941, e as que resistiram foram recuperadas. 
A cultura avieira conta a história de uma arte única na Europa, com características próprias na arquitetura popular, na gastronomia, na arte piscatória e no tipo de embarcação usada. 
A “bateira”, atualmente inscrita como património imaterial nacional, é um dos principais símbolos daquela que era uma das mais primordiais atividades de subsistência do território.  Os barcos eram construídos pelas famílias, com técnicas transmitidas de geração em geração. Sete metros de comprimento, cores garridas, decididas pela matriarca da casa, saíam para as águas com a mulher ao remo e o homem a controlar as redes ou as varas de pesca. 
A presença dos “avieiros” foi essencial para o desenvolvimento de um receituário focado no peixe de rio, como a lampreia, o sável e a fataça. E é esse receituário que iremos explorar neste almoço típico.

chef convidado: rodrigo castelo

Habituado a cozinhar para os amigos em encontros e tertúlias, Rodrigo Castelo abriu a Taberna Ó Balcão, num antigo edifício de Santarém, em 2013, abandonando uma carreira na indústria farmacêutica para se dedicar a este projeto familiar. Desde logo, o menu da Taberna Ó Balcão focava-se na valorização dos produtos e tradições ribatejanas, mas com a identidade de Rodrigo. É o caso do Coscorão do Rio até ao Mar e o Cremoso de Caranguejo do Rio e Lagostim do Rio; ou Cornos e Tentáculos, que já lhe valeu alguns prémios de relevo.
 Em 2018, e após uma evolução clara da sua cozinha, muita investigação na área, e divulgação do património ribatejano além-fronteiras, Rodrigo Castelo deixou cair a “taberna”, e em 2021, o espaço é renovado e reabre como Ó Balcão. Mantendo o foco de glorificar a região onde nasceu, Rodrigo desenvolveu uma carta mais sofisticada, serviço à medida, a cargo de Francisco Florêncio, chefe de sala e sommelier do restaurante, e uma garrafeira com mais de 100 referências. Paralelo ao trabalho criativo de cozinha, Rodrigo continua a desenvolver produtos fermentados, curados e fumados em parceria com a Escola Superior Agrária de Santarém. 
Especializou-se em peixes de rio, não só pelas relações que mantém com pescadores da região, mas também através de um curso lançado pelo Museu Nacional de História e Ciência em Lisboa. A curiosidade constante e o imenso orgulho pelo Ribatejo, levaram-no a criar um menu degustação totalmente dedicado a peixe de rio, com 17 espécies. 
Nomeado Embaixador da Gastronomia do Ribatejo, Rodrigo Castelo ostenta ainda, desde 2020, à porta do seu restaurante Ó Balcão, o Bib Gourmand do Guia Michelin. 

PARCEIROS LOCAIS:

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Datas: 8 e 9 de julho