ALENTEJO

VILA ALVA

Área: 37,2 km²2

População: 416 hab

Densidade populacional: 11,2 hab./km²2

freguesias: 1

Estamos para além do Tejo, região com mais de 26 mil quilómetros quadrados, dividida entre Alto e Baixo Alentejo e que tem o maior rio que atravessa o país como fronteira, a norte, e o Algarve, ainda mais a sul.  A paisagem levemente ondulada surge por esse Alentejo afora, de relevos no interior raiano do distrito de Évora, e mais acentuada no distrito de Portalegre, com afloramentos graníticos a complementarem o traço descrito pela natureza. O cenário natural converte-se ora no património edificado, repleto de casarios alvos, de outrora, da nossa história, ora no itinerário que nos leva ao enorme lago do Alentejo, Alqueva de seu nome, situado na fronteira entre os distritos de Évora, a norte, e Beja, a sul, reservatório de um dos mais elementares recursos dos habitantes da região, a água.  

Dos habitantes da região contam-se os gestos lestos repetidos por gerações infinitas. Mexe-se na terra, na nossa terra, fonte de alimento do ser humano, base da flora que nos dá alimento e sombra. Nas mãos leva-se a sabedoria para bem tratar os animais, fonte de sustento. Mexe-se na matéria que dá corpo ao que comemos. De um Alentejo agarrado às suas raízes, objeto de um valioso legado gastronómico aliado à tradição e preservado pelas pessoas. 

*texto adaptado de projectomateria.pt

programação 10 novembro

local:

10/11 - Jantar com joão rodrigues e leopoldo calhau - 20h00

Menu tradicional

(inclui pairing)

125€

Adega do Mestre Daniel XXVI Talhas 

Na antiga Adega do Mestre Daniel, em Vila Alva, produz-se vinho de talha seguindo métodos tradicionais.

Daniel António Tabaquinho dos Santos (1923-1985) para além de produzir vinho, utilizava também este local para trabalhar como carpinteiro e, por esse motivo, era conhecido localmente como o "Mestre Daniel". Mestre Daniel produziu aqui vinho de talha durante cerca de 30 anos, seguindo a tradição familiar que herdou de seus pais e avós. Após a sua morte seguiram-se ainda alguns anos de produção. Contudo, em 1990, a adega encerrou actividade. Em 2018, após quase trinta anos de interregno, a adega voltou a funcionar, retomando a tradição local e familiar de produção de vinho de talha.

Como é tradição em Vila Alva, os recipientes utilizados para a vinificação são as talhas, descendentes das grandes vasilhas romanas, com capacidades que variam entre os 300 e 1300 litros. Esta adega tem 26 talhas: 22 são de barro, algumas datadas do séc. XIX, e quatro são de cimento armado que, apesar de mais recentes (década de 1930), foram fabricadas por “mestres vilalvenses”.

Esta adega, uma das mais típicas de Vila Alva, tem uma área de 170m2 e está na posse da família há mais de 60 anos. Do centenário edifício da adega, apenas não resistiu a cobertura que teve de ser substituída em 2010.

chef convidado: leopoldo calhau

Um "filho de Vila Alva e Cuba". É assim que se define Leopoldo Calhau, taberneiro de coração e arquiteto de formação, pai de três filhos e sportinguista. 
Leopoldo, agora com 47 anos, formou-se em arquitetura em 1999 e ainda exerceu durante 15 anos, antes de trocar o estirador pelas panelas. Em 2014, abriu o Sociedade, na Parede, o seu primeiro espaço e onde a terra natal que o viu nascer já estava presente no menu. Em 2016, foi a vez do Café Garrett, dentro do Teatro Nacional D. Maria II. 
A grande viragem deu-se em junho de 2019, com a abertura da Taberna do Calhau, um restaurante de sucesso onde a cozinha portuguesa e alentejana bem executada desfila lado a lado com a garrafeira invejável.  Um ano mais tarde, abriu o bar de vinhos e petiscos Bla Bla Glu Glu e, em 2022, Leopoldo encontra um espaço no bairro de Alvalade, para abrir o Chez Chouette, um bar de vinhos e mercearia. 

programação 11 novembro

local:

11/11 - Almoço com João Rodrigues e Leopoldo Calhau – 13h00

Menu tradicional

(inclui pairing)

Adega Manel fernando

local:

Adega do Mestre Daniel XXVI Talhas

11/11 - Jantar com João Rodrigues e Leopoldo Calhau – 20h00

Menu tradicional

(inclui pairing)

Valor Completo do dia 11:  160€ 

(Não é possível dividir este valor fazendo meio dia)
Esta adega com 80 anos de existência, mantendo sempre a tradição do vinho Alentejano, de novembro a fevereiro é um ponto de encontro das gentes desta terra. Este é um local de "petiscos", conversas, cantares tradicionais e sobretudo convívio. 
São cerca de 22 talhas que se enchem de vinho a cada época pós-vindima, na sua maioria branco, de casta Antão Vaz, e que atraem os visitantes para a prova, o convívio e o petisco.

PROGRAMA TARDE

Visita a Adegas e abertura de Talhas.

programação 12 novembro

local:

CORTES DE CIMA

12/11 - Almoço com João Rodrigues – 13h00

Menu com Produtos da Região 150€

(inclui pairing)

Fundada em 1988 por Hans e Carrie Jorgensen, a propriedade Cortes de Cima está agora nas mãos da filha, Anna Jorgensen, que com apenas 27 anos decidiu mudar o rumo do projeto. A história começou num veleiro, no qual os pais navegaram nos anos 80, com a ideia de assentar arraiais numa zona agrícola espanhola. Acabaram por desaguar no Alentejo, onde compraram um monte da Vidigueira. A mais nova da progenitura, Anna, estudou Viticultura e Enologia e viajou pelas mais icónicas regiões vínicas do mundo, da Borgonha à Califórnia, antes de regressar e ficar à frente da Cortes de Cima, em 2019. 
A grande mudança que implementou foi a transição da vinha para regime biológico, mas indo muito mais além do que a certificação, com técnicas de agricultura sintrópica, como deixar as ervas secas sobre o solo, para reter humidade e diminuir substancialmente a necessidade de rega. Também a diversidade de espécies na vinha, como a plantação de cereais e leguminosas aportam azoto e carbono ao solo. 
A mudança implementada por Anna tem impacto na produção, não só desviando o foco para a qualidade ao invés da quantidade, mas também no perfil dos vinhos, que se tornam mais alinhados com o terroir alentejano, com menor intervenção na produção e preferência por leveduras indígenas. 
Para aqueles que estavam habituados a reconhecer os rótulos Cortes de Cima nas prateleiras, nomeadamente o afamado Chaminé, a mudança implementada pela nova geração, disposta a adaptar o projeto às circunstâncias atuais do mundo e com uma visão mais sustentável, está visível também nos novos rótulos. 

PARCEIROs LOCAIS:

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Datas: 10, 11 e 12 de novembro